Um postzãoooooo, só pra quem tiver interesse pelo tema. Quem não tiver, volta no próximo!
Eu fiz o post Fallen Princesses super sem pretensões nem tinha gostado das fotos. Mas fiquei surpresa com um monte comentários que ele deu, pq achei que ninguém ia ligar muito também. Um dos assuntos nos quais os comentários cairam foram os dos contos de fadas originais, que são diferentes dos contos que a gente conhece por conta de livros e desenhos.
Fiquei super intrigada com o tema e fui pesquisar, li alguns contos originais e comprei até livro de psicanálise que explica que por mais que esses contos originais sejam cruéis e falsos, eles contribuem para fantasia, escape, recuperação e consolo da criança.
O lance nos contos de fada, é que nunca se sabe quem inventou e de onde eles vêm. Os contos foram sendo contados e repassados por gerações através dos anos até o dia em que escritores (geralmente europeus) como os Irmãos Grimm ou Charles Perrault transcrevem o conto para um livro.
Por terem sido repassados oralmente por tanto tempo, é natural que existam diversas versões e detalhes para um mesmo conto. Algumas mudanças acontecem até mesmo por motivos de tradução, como o fato de que a Cinderela da versão Perrault veste sapatinhos de cristal pq ele traduziu errôneamente a palavra vair (pele) como verre (vidro, cristal). Ou seja, o maior símbolo de Cinderela que conhecemos não condiz com o conto original, onde ela usava um tamanco de peles.
Quando a Disney decide transformar um conto de fadas em um desenho, faz-se uma escolha entre as versões e as vezes uma forçadinha na barra pra um final feliz (como em A Pequena Sereia) – pela 10ª vez, Disney não transforma e corrompe o conto loucamente!!! Ela apenas escolhe a versão que mais condiz com os valores Disney e adapta o que for necessário.
O que importa é que mesmo que sejam diferentes, tanto os contos originais que hoje em dia nós não ousaríamos contar para crianças, quanto os filmes mágicos da Disney, conseguem passar uma mensagem que contribui para o crescimento da criança, ajudando os pequenos a aprender a lidar com seus dilemas interiores.
Separei algumas histórias originais que acho mais curiosas: A Bela Adormecida (que é estuprada), Branca de Neve (com príncipe necrófilo), Cinderela (com auto-mutilação), A Pequena Sereia (com morte da mocinha no final), A Bela e a Fera (Bela com vários irmãos), Chapéuzinho Vermelho (planejando matar o lobo), Os Três Porquinhos (e a sopa de lobo), Cachinhos Dourados (a raposa e a velha) e Rumpelstiltskin (se partindo de raiva). Continue Lendo